terça-feira, 6 de novembro de 2012

Reinventar


Texto redigido pela Profª Cristiane Ungaretti Zago

Trabalho desenvolvido no Laboratório de Aprendizagem do I e III Ciclo da EMEF Campos do Cristal no Adote 2012 com Ricardo Azevedo.
No primeiro momento fui ler e conhecer as obras do autor, antes de apresenta-las para os estudantes. Tive uma grata surpresa de já conhecer algumas de suas produções, sem, no entanto, associá-las ao autor. Quando trabalhava folclore com meus alunos os livros de Ricardo Azevedo eram um suporte precioso. Precioso também é o ADOTE que nos faz mergulhar profundamente nas ideias e obras de um autor, o que normalmente, pelo menos eu não o faço no meu cotidiano de leitora. Recordo de detalhar a leitura de diferentes obras de um mesmo autor na realização do Mestrado e do Doutorado.
Através de sua escrita de forma poética ou engraçada, Ricardo Azevedo destaca problemas da nossa realidade, tais como o lixo, as relações interpessoais,... Em especial um conto e um poema que abordam o analfabetismo adulto despertaram em mim inquietação... Pensei, pensei e acho que como trabalho numa escola este é um tema que me faz, enquanto docente, parar e refletir. O conto: O homem que não sabia ler e o poema: Era uma vez um menino abordam o analfabetismo adulto e as limitações sociais que esta situação gera. Tento imaginar como é o cotidiano de quem não lê no nosso mundo atual... Relembrei do filme Central do Brasil e as cartas ditadas...
Identificação, empatia, emoção, viagem, sensação, sonho, ilusão, pontos de vista, lições, dúvidas, afirmações, sabedoria, ilustrações, filosofia, receita, curiosidades, mentiras, aulas, ... tudo pode ter dentro de um livro. Estimular a leitura na escola é abrir um leque de opções de aprendizagem para professores e alunos.
Como trabalho com alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem e comparecem em pequenos grupos no turno inverso ao da sala de aula para frequentar o Laboratório de Aprendizagem participar do Adote faz parte da rotina desse espaço, pois é necessário estimular a leitura e a expressão desses estudantes. A dimensão lúdica também se insere no nosso contexto de trabalho. Ao ler Huizinga numa das obras de Ricardo Azevedo automaticamente recordei do período acadêmico e uma saudade grande de ser aluna, ou melhor ainda sou, mas de um pós à distância... Sinto saudades de ser aluna da PUCRS, da ida ao Campus, das trocas com meus colegas e mestres; e de ver a educação de um ponto de vista diferente do que vejo hoje. Também lembrei da tartaruga, do Akira, do cachorro, do gato e  demais personagens do livro dos pontos de vista.
Associando ideias adorei ler PERFUMOSO, já havia escutado muitas vezes da minha filha e como mãe coruja achava que era criação da pequena. Quando li em mais de um livro de Ricardo Azevedo a palavra sempre reportava a Duda e o universo de sonho e magia que habita a fértil imaginação infantil. Com o faz de conta, jogos de imaginação, em breves segundos transforma-se numa linda princesa ou numa bruxa má.
Falando nela, adorou o Leão Adamastor e comentou como o ele foi criativo em se transformar em cachorro para viver melhor... O Adote acontece na escola e por tabela na casa da gente. Quando vou fazer minhas leituras tenho a companhia da minha filha de 4 anos que é fã dos livros da biblioteca da escola da mãe e principalmente porque posso retirar mais de um livro, pois na escola dela apenas um por vez.
Os alunos do Laboratório escutaram, leram e apreciaram diferentes obras, tais como:
·         Livro de Papel
·         Não existe dor gostosa
·         Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais!
·         Se eu fosse aquilo
·         Aviãozinho de papel
·         A borboleta azul
·         O leão Adamastor
·         Você me chamou de feio, sou feio mas sou dengoso!
·         O livro dos pontos de vista
·         Meu nome é tartaruga
·         A casa do meu avô
·         Dezenove poemas desengonçados
·         Aula de carnaval e outros poemas
A partir de algumas delas foram brotando os trabalhos dos alunos que vão estar expostos na sala do laboratório de aprendizagem no dia 05 de novembro.
Alguns alunos aventuraram-se a criar suas histórias e ou seus poemas a partir da leitura dos livros.
Terá na sala um cartaz com o acróstico que sintetiza a proposta realizada no Laboratório:
ADOTE
REIVENTAR
IMAGINAR
CONTAR
ADIVINHAR
REFLETIR
DESENHAR
OUVIR
Os alunos, tanto os do primeiro como do terceiro ciclo ouviram e leram alguns livros e envolveram-se na produção de trabalhos pensando na visita do autor. Com o trabalho diário no calendário, após sabermos a data agendada da visita, contavam quantos dias estavam faltando para a esperada chegada do autor na escola. Conheceram a biografia e obra e alguns só falam no Ricardo, íntimo nosso.
Segue alguns registros feitos no Laboratório:
Alunos do I ciclo trabalhando com o livro: Meu nome é tartaruga. 

A partir deste livro foi montado um jogo que será entregue nas turmas dos alunos, com os personagens da história.
Leitura do livro: O leão Adamastor
Produção a partir do livro O Leão Adamastor
Leitura do livro Dezenove poemas desengonçados
Jogo das rimas que “combinou” com os poemas lidos

Produção de trabalhos
Leitura do Livro Se eu fosse aquilo
Leitura de poemas e escrita a partir de inspiração em produções de Ricardo Azevedo.


Criação de uma história a partir de um conto de Ricardo Azevedo e montagem de um teatro de palitos
Livro: Meu material escolar
Minha terra tem Palmeiras


Aguardamos todos na sala do laboratório para conhecerem as produções realizadas.

sábado, 3 de novembro de 2012

CAUSOS DA CAMPOS VII - Passeio ao Zoológico


A série CAUSOS DA CAMPOS é composta de histórias criadas pelos professores a partir de situações e personagens reais que fazem parte do folclore da nossa escola.
Não perca esta aventura: 


Passeio ao Zoológico

Na Escola Campos do Cristal todo passeio com alunos precisa de organização prévia e minuciosa. Era tradição à ida ao Zoológico. Alegria dos alunos, desespero das professoras.
Três professoras resolveram aventurar-se e junto com os alunos deram início aos preparativos.
A nutrição ofereceu suco e enroladinho de salsicha para o lanche dos alunos. Elas conhecendo os alunos que tinham, pensaram:
- Passar o dia interiro no Zoológico com este lanchinho não vai dar certo! Precisamos de mais comida.
A solução encontrada foi juntar: queijo, mortadela, maionese, tomate, milho, ervilha, alface e pão, e transformar tudo em um imenso sanduiche.
Tudo foi comprado!
Numa quarta-feira, pela manhã, alunos e professoras chegaram à escola. O céu estava nublado e pingos de chuva começaram a cair. Conversa vai, conversa vem, e lá foram eles. Afinal, o Zoológico ficava em outra cidade e, sabe como é, o tempo varia muito.
No meio do caminho, o pior aconteceu: desabou aquela chuva! A tristeza tomou conta dos alunos. No rosto das professoras o terror estava estampado. O que fazer? Tinham duas opções: voltar para a escola ou ir adiante e encarar o inesperado.
Como professora é um ser que não desiste nunca e pensando na alegria dos alunos, decidiram seguir viagem.
Chegando ao destino, a chuva não dava trégua. Ao passarem pela portaria foram barrados. Não levaram o ofício que permitia a entrada gratuita.
 Uma das professoras desceu e fez o convencimento olho no olho. Passaram pela portaria, guiados pela professora que seguiu a pé.
A chuva cada vez mais intensa não permitiu que descessem do ônibus. O ambiente até que estava tranquilo, mas com 40 alunos a tranquilidade dura pouco. As queixas eram muitas: ir ao banheiro, sede, fome, briga, alguém pegou meu lugar, meu lanche, soltaram pum. O ar totalmente pesado pelos mais variados cheiros, inclusive dos salgadinhos de milho que, a esta altura, era o melhor.
A chuva estiou e desceram do ônibus, cada um com sua necessidade. A prioridade era respirar!
Chegaram ao restaurante e começou a preparação dos sanduiches. A fila era interminável, os alunos se multiplicaram. Não sobrou nada!
Feito isto, foram visitar os animais. Lama por toda parte, agitação total, as professoras se perguntando porque estavam passando por isso. O desânimo era aterrador!
Logo no início da caminhada, anunciaram que um aluno estava perdido e pediram para a professora comparecer no setor de informações. Contaram os alunos e não era nenhum deles. Faltava um!
Então a professora percebeu que o aluno anunciado no início do passeio era o seu. O aluno passou a tarde chorando, sentado na sala de informações. A professora, furiosa com a falta de iniciativa do aluno, questionou porque ele não tinha dito o nome da escola ou da professora. O aluno justificava, em meio às lágrimas, que fazia alguns dias que chegara à escola e a professora não tinha dito seu nome, e o nome da escola ele também não sabia.
Tudo explicado e justificado, embarcaram no ônibus e retornaram à escola, com promessas de repensar a continuidade deste passeio como tradição.

Autoras: Ana Paula e Simone


CAUSOS DA CAMPOS VIII - O Que a Mulher Toma na Cadeia


A série CAUSOS DA CAMPOS é composta de histórias criadas pelos professores a partir de situações e personagens reais que fazem parte do folclore da nossa escola.
Veja mais um caso da nossa escola: 


O Que a Mulher Toma na Cadeia

         Numa manhã chuvosa de segunda-feira, numa sala do novo e moderno pavilhão da nossa escola, no rigor do inverno rio-grandense, encontram-se a professora iluminada por suas teorias, pensamentos e ideias com seus aprendizes sedentos por novos conhecimentos.
         Eis que uma das alunas mais dedicada e participativa, ergue o braço para fazer um questionamento:
         - Professora, como é o nome daquilo que as mulheres tomam na cadeia?
         A docente reflete: o que seria...?
         Em tom baixo, próximo a aluna, fala:
         - Pílula, anticoncepcional, remédio, banho, visita, café,...
         A aluna então reforça o questionamento:
         - Não! Aquilo... de mês!
     A professora novamente mergulha em seus pensamentos e tenta encontrar a resposta tão aguardada. Após vários " lampejos" e queimando alguns de seus neurônios, responde:
         - Sentença!
         A aluna fica radiante e abre um grande sorriso. Aliviada diz:
         -É isso! É isso! A mãe do colega tomou sentença na cadeia! Vai ficar lá por 7 meses presa.
         Muito interada da situação, a professora questiona:
         - E o porco?
        - Está sendo criado e engordado para ser devorado e degustado após a saída da cadeia da mãe do colega.
         A professora ficou comovida e, ao mesmo tempo, intrigada de como o pobre animal se manteria vivo durante as comemorações festivas de Natal e Ano Novo, para ser consumido só após 7 meses.
Autoras: Carla Melechi e Cristiane

CAUSOS DA CAMPOS IX - As Aparências Enganam


A série CAUSOS DA CAMPOS é composta de histórias criadas pelos professores a partir de situações e personagens reais que fazem parte do folclore da nossa escola.
Divirta-se com mais esta pequena história : 


As Aparências Enganam

         Tudo começou com a chegada do Anderson...
         Certa vez a professora Míriam foi sorteada no convênio da prefeitura (APREFA). A professora Lorena ficou bastante interessada por este convênio.
         Numa tarde, chegou a professora Lorena na sala dos professores e deparou-se com o suposto vendedor do convênio, rodeado de revistas.
         A professora Lorena anunciou seu interesse em conversar com ele, mas só poderia fazer isso no seu período vago, às 15h10.
         O suposto vendedor ficou sem entender e comentou com a diretora sobre sua curiosidade do que teria a contar à professora.
         O encontro ocorreu somente no horário do recreio, onde a professora interpelou a pessoa, sentando-se bem próximo a ela com a seguinte pergunta:
         - O que tu tens de bom para nós?
         O suposto vendedor ficou muito nervodo e começou a recolher seu material de forma ansiosa, dizendo:
         - Eu não sei... sou o professor de matemática... eu vim aqui para dar aula.
Só então a professora Lorena que era um colega novo chegando.
         Isso foi motivo de muita risada!
         Seja bem-vindo, Anderson!

Autoras: Lorena, Mª Elizabeth e Marlise

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ADOTE UM FILME!!

Encantados pelas histórias do livro "Contos de Enganar a Morte", de Ricardo Azevedo, a Oficina Tecnodrama (visite o blog: tecno-drama.blogspot.com) preparou um filme sobre o conto "A Quase Morte de Zé Malandro" .
Produzido durante o mês de outubro, em 5 encontros estruturamos o roteiro, distribuímos os personagens, ensaiamos e idealizamos as cenas, produzimos figurinos e adereços, procuramos  as "locações" e, finalmente, gravamos as cenas!
Vale lembrar o nome de alguns alunos que participaram do processo, mas não estavam presentes na gravação das cenas e, portanto, não aparecem nos créditos: Brenda Queiróz Scarpett, Emily e Kesley Pedroso, Gabriel Macedo e Stefany.



Assistam agora ao resultado. Bom divertimento à todos!! hospedagem de sites gratis php